O Tenente Francisco Almeida Pinho, os cabos Rogério Costa Lima, Marcelino Henrique Santos, Robson Santos de Oliveira, e o sargento Gilberto Custódio dos Santos, estavam presos no presídio militar do Comando Geral da Polícia Militar, em São Luís.

O juiz Diego Duarte Lemos concedeu liberdade condicional aos cinco policiais investigados pelo assassinato do comerciante Marcos Santos ocorrido em fevereiro no município de Bacabal. Os investigados foram presos poucos dias após o desaparecimento do comerciante. As prisões foram decretadas após a divulgação de imagens de câmeras de segurança que mostraram os policiais conduzindo o comerciante para um carro descaracterizado. O corpo dele foi encontrado no dia seguinte ao desaparecimento no povoado Fazenda Cancelar, no munícipio de São Luís Gonzaga do Maranhão, com perfurações de bala e marcas de violência.

Ponto crucial para a elucidação do caso foi o depoimento de José de Ribamar Neves Leitão, ele afirma que já estava no porta-malas do carro no momento em que o comerciante foi capturado pelos PMs. Ele diz ter sido levado pelo sargento Custódio e que também foi torturado e que só não morreu porque em um momento de descuido dos acusados ele conseguiu correr após perceber que a arma do policial havia falhado.

José de Ribamar disse também que implorou por sua vida, pois tinha família e um filho recém-nascido e que o PM teria dito que não poderia deixá-lo vivo porque ele tinha visto tudo e iria falar o que tinha visto.

Os policiais foram colocados em liberdade condicional e se comprometeram a comparecer mensalmente ao fórum, eles não podem ter contato com as vítimas ou testemunhas, não podem acessar o 15º Batalhão da Polícia Militar de Bacabal e a outras dependências militares, não podem sair de casa depois das 19h, estão afastados das funções de policiais militares, tiveram o porte arma suspenso e serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas.