Publicações em redes sociais alertando sobre o risco de se consumir peixe tem preocupado produtores e consumidores. Milhares de famílias tiram seu sustento da produção e comercialização de peixe, seja em cativeiro ou mesmo diretamente da natureza. O setor é muito importante para a segurança alimentar da população.

As consequências dos boatos já podem ser sentidas no bolso daqueles que tiram seu sustento da produção e comercialização do peixe. A população aos poucos tem deixado de consumir com receio de contrair a síndrome de Haff, que ficou popularmente conhecida como doença da urina preta.

De acordo com especialistas, a falta de rastreio dificulta a identificação e origem do problema, por não haver um controle que indique a origem ou todo o processo pelo qual o alimento passou, fica difícil saber o motivo da contaminação dos peixes.

Várias hipóteses estão sendo apontadas, mas ainda não se tem nenhuma certeza do que pode está acontecendo. Entre as possíveis causas estão a contaminação das águas por dejetos humanos e poluição causada por resíduos industriais, outra possibilidade é a contaminação durante o manuseio e armazenamento após a pesca.

Outra hipótese levantada indica que a toxina causadora da doença esteja presente na alga que serve de alimento para algumas espécies de peixes, entre elas, o tambaqui. Todavia, o peixe só se alimenta de alga quando está em ambiente natural, não existindo para peixes de cativeiro. A alimentação em criatório é controlada e em sua totalidade á base de ração adequada para o cultivo.

Especialistas afirmam que não há motivos para pânico. Que as pessoas podem continuar consumindo peixe normalmente. Não há registro de casos no estado do Maranhão. Os casos existentes são raros e pontuais.