A economia da nossa cidade tem como carro chefe a agricultura familiar e pecuária, mas há também o funcionalismo público e a aposentadoria dos nossos idosos que ajuda a manter a roda da economia girando em Vitorino. O comércio do babaçu é responsável pelo sustento de centenas de famílias vitorinenses; o babaçu é um fruto nativo da região e existe em abundância em quase todo estado do Maranhão. A parte comestível do babaçu, ou seja, o bago é vendido pelas quebradeiras de coco nos postos de coleta espalhados em toda a cidade, geralmente em pequenas mercearias, que servem de intermediárias; em seguida o estoque é recolhido por caminhões que transportam a produção até as fábricas que manipulam o fruto transformando-o em sabão em pedra e óleo vegetal. A casca do babaçu tem tanto, ou mais valor, que o próprio fruto em si; pois diferentemente do bago, a casca fica com as quebradeiras que, ao atingirem uma quantidade considerável, transformam as cascas em carvão vegetal, o qual é utilizado pelas próprias famílias em substituição ao gás de cozinha e sendo disponibilizado o excedente para a venda no município. (discorreremos mais profundamente sobre o babaçu e sua utilização em postagem futura). O babaçu é recolhido nas fazendas da região, há uma lei estadual denominada “babaçu livre” que obriga os fazendeiros a permitirem a circulação das quebradeiras em suas terras. Falando em fazendeiros, essa é outra atividade que contribui para a economia local. A produção de carne bovina e leite nas fazendas que circundam a cidade é o suficiente para o abastecimento da população, não sendo necessária a importação de tais produtos. Os produtores rurais, além do abastecimento, são responsáveis também pela manutenção de empregos no campo, fazendo com que o nativo da cidade não precise ir para os grandes centros urbanos a procura de trabalho para sustentar sua família. O funcionalismo público, aposentadoria e os benefícios do governo federal às famílias carentes, são forças imprescindíveis na economia vitorinense. Nos dias de pagamento para esses setores é visível a grande movimentação nas lojas e mercearias, pessoas comprando e outras vendendo; as ruas do centro ficam pequenas para tanta gente que chega dos povoados aumentando o contingente local. Passada toda essa euforia provocada pelo dinheiro, tudo volta ao seu estado de calmaria, pelo menos até o próximo mês. As conseqüências da crise mundial ainda não chegaram por aqui e certamente não chegarão; esse é o lado positivo nas cidades pequenas como a nossa, pois vivemos da produção local e não temos grandes indústrias e fábricas que necessitam de capital externo para manter a produção e os empregos; sendo assim, os impactos da crise são quase imperceptíveis e a vida segue numa só tranqüilidade.